VÔO

Alheias e nossas as palavras voam.
Bando de borboletas multicores as palavras voam
Bando azul de andorinhas, bando de gaivotas brancas, as palavras voam.
Voam as palavras como águias imensas.
Como escuros morcegos como negros abutres, as palavras voam.
Oh! alto e baixo em círculos e retas acima de nós, em redor de nós as palavras voam.
E as vezes pousam.

(Cecilia Meireles )

Visitantes Website counter


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Escrever é...

Escrever é …
Escrever é como explorar um cenário.
Detalhes, fascínios, sustos, descobertas,
o que nos espera?
Escrever é descobrir o que conseguimos expressar,
é descortinar aquilo que pensamos
ver e sentir.
Escrever é jogar o jogo
de a alma brincar
de desenhar, às vezes na areia,
às vezes na água, às vezes no ar, e,
outras vezes, no tempo.
Dar-se ao prazer de brincar
é o que preenche a alma.
A verdadeira poesia talvez esteja na brisa
que sussurra na areia o canto do inaudível, ou
talvez esteja no balé das águas em constante movimento,
e não na palavra-poema.
Poesia talvez seja nada mais,
que nossa tentativa de dar vida ao tempo,
quer seja escrita, cantada, silêncio…
no fundo apenas vida poetificada.
Autoria: Herbert Santos
Livro: Estética da Esperança


Nenhum comentário:

Postar um comentário