VÔO

Alheias e nossas as palavras voam.
Bando de borboletas multicores as palavras voam
Bando azul de andorinhas, bando de gaivotas brancas, as palavras voam.
Voam as palavras como águias imensas.
Como escuros morcegos como negros abutres, as palavras voam.
Oh! alto e baixo em círculos e retas acima de nós, em redor de nós as palavras voam.
E as vezes pousam.

(Cecilia Meireles )

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Poesia na escola só é válida se não for pra quebrar o encantamento

Cremos que o ponto alto do texto lido retrata justamente a forma com que os professores levam a poesia pra sala de aula, atrelando a mesma a aprendizagem de conteúdos.Dessa forma a escola quebra o encantamento em muitos casos iniciado pelas famílias, que apostam nas histórias,nas poesias,nas canções para transmitir nossa cultura, sem exigir retorno imediato desse aprendizado.O encantamento da poesia não se restringe ao 1° ano escolar, mas sim desde os primeiros anos de vida da criança onde os pais contam e cantam para seus filhos.Aliando a todo esse encantamento temos hoje também a tecnologia, que está ai para transformar nossa prática pedagógica em algo bem significante. Mas para que isso aconteça é necessário que o adulto,  em especial o professor se envolva com a poesia de forma lúdica, para que o aluno possa ter prazer neste tipo de leitura, transformando-se como sujeito leitor e futuro produtor de textos. A poesia tem uma linguagem mágica que leva ao encantamento com o mundo das letras, que é quebrado quando é usada mecanicamente para trabalhar expressões lingüísticas.
Concluímos que a arte pode promover conhecimento, mas é também uma atividade lúdica e para realizar um trabalho rico e voltado para o mundo infantil o professor precisa se “contaminar” com a poesia, sem querer interpretá-la, e sim brincar com a rima, o ritmo, a sonoridade, o desafio das charadas, as parlendas e os adivinhas ...

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